CONSELHEIRO LAFAIETE (DIA 11)

Tudo em Belo Horizonte foi muito divertido! Com exceção da “coisa ruim” que grudou na Monique desde Santa Rita e fez ela pegar uma gripe que durou até os nossos primeiros dias em BH, parecia que estava tudo dando certo. Mas o teste, o teste final mesmo para mim, o teste que iria me fazer decidir entre voltar para casa e continuar ali tentando superar todas as dificuldades ocorreu na nossa penúltima manhã nessa cidade. A Monique mal acordou e fez uma afirmação bombástica: “Tenho uma péssima notícia. Estou com conjuntivite.” Pronto. Aquilo ali mudou a cena toda de figura. Vocês podem achar que não é nada, que eu é que sou fresca, mas aposto que se estão pensando isso é porque nunca tiveram uma conjuntivite das brabas. Nós duas somos traumatizadas com essa doença por causa do ocorrido uns anos atrás. Foi mais ou menos assim: alguém que eu não conheço pegou conjuntivite. Até aí tudo bem. O problema começou quando esse alguém transmitiu a doença para o então namorado da nossa amiga Liana. Sim, aí começou a festa. O namorado da Liana transmitiu a doença para ela, que transmitiu para a Monique, que transmitiu para seu irmão, sua mãe e para mim. Eu por consequência, transmiti para a minha irmã e para a minha mãe, que, por sua vez, transmitiu para o meu pai. Em resumo a história é essa: fiquei com os olhos inchados, ardendo e lacrimejando durante uma semana mais ou menos e todos lá em casa queriam me matar!!! O tratamento envolvia muita higiene e muito soro fisiológico, então, dá para imaginar agora o meu desespero quando a Monique acordou jogando essa bomba em cima de mim. Ela, coitada, era tão traumatizada também que nem tinha certeza se era mesmo ou não conjuntivite, mas precisava desabafar com alguém porque aquele fardo era muito pesado para ela carregar sozinha. Disse ainda que era culpa da piscina que a gente tinha entrado lá em Inhotim. Eu disse que ela estava ficando louca, que aquilo não era conjuntivite, muito menos transmitida por uma piscina em que ninguém entra, só nós duas loucas é que entramos! E mais, eu também tinha entrado na piscina, tinha aberto os olhos e tudo embaixo d’água e nada tinha acontecido com eles. Enfim, de qualquer maneira, tomamos uma iniciativa, limpar tudo. Enquanto eu dei uma limpada na casa, a Monique lavou todos os lençóis, fronha, toalhas de rosto e tudo o mais que pudesse estar infectado. A partir desse momento decidimos, sem dizer uma só palavra sequer, que continuaríamos nossa jornada.

Seguimos, então, viagem. Na sexta de manhã, tomamos um ônibus para Conselheiro Lafaiete. De BH para Lafaiete são mais ou menos 2 horas de viagem (de ônibus) e a passagem custa cerca de R$23. A cidade tem cerca de 100 mil habitantes e, assim como muitas das cidades próximas, é recheada de morros e ladeiras. Mas o principal atrativo de Lafaiete é a casa da minha tia! Casa boa, com gente boa e comida boa. Uma combinação excelente! Além do que queríamos conhecer Congonhas também e ali seria um ótimo ponto estratégico.

Chegamos por volta das 10:30 e caímos direto na piscina! Aproveitar o solzão que fez no dia! Sim, a Monique, com suspeita de conjuntivite, ficou com receio de entrar, mas eu já tinha quase certeza de que tudo aquilo era neurose dela. Já tinha passado uns 2 dias desde a suspeita e os seus olhos nem estavam vermelhos mais! Pulamos na piscina e foi a maior festa!!!

Já cansadas de tanta natação (rs), fomos então praticar um pouquinho da nossa música, do nosso futuro ganha pão! rs O resultado está aí embaixo! Vamos deixar vocês curtindo essa  linda sinfonia (rs) e contamos mais sobre Lafaiete no próximo post! Abraços a todos!!!