INHOTIM (DIA 9)

Quando estávamos no Rio ainda, planejando nosso roteiro, dissemos a algumas pessoas que iríamos a Belo Horizonte. Tânia, uma das minhas alunas queridas, me indicou Inhotim. Na verdade, não foi uma indicação, foi uma intimação! rs Ela me disse que era um lugar incrível e que não podíamos passar por BH sem conhecer o Instituto. Sem contar a Cleyda, amiga queridíssima da Rachel, que já a havia convidado muitas vezes para visitar o lugar. Então tá, né? Praticamente duas intimações de pessoas completamente distintas... Inhotim deveria ser o que há! rs Fomos obedientes.

Separamos a quarta-feira para irmos. Pegamos o ônibus direto para Inhotim na rodoviária de BH. Esse ônibus passa também pelo centro da cidade de Brumadinho (que fica a 4,2Km de Inhotim). É um ônibus especial da Saritur que sai às 9:15h da plataforma H2 da rodoviária e retorna do Instituto às 16:30h, custando R$12,75 cada passagem (total de R$25,50 ida e volta). Leva aproximadamente 2h de viagem.

A cidadezinha de Brumadinho é bem simples. A criação de Inhotim ajudou muito o crescimento da cidade. A história é mais ou menos essa: um ricaço tinha um sítio de 100ha  próximo dali e queria fazer alguma coisa boa com aquilo para ajudar a cidade e a população de lá. Daí surgiu a ideia de fazer daquela área um Jardim botânico e Museu de arte contemporânea, onde as artes ficam expostas por toda a área. Em Inhotim, todos os funcionários são moradores de Brumadinho.  O resultado foi excelente!

Bom, chegamos lá, pagamos R$20 a inteira e R$10 a meia de entrada, ganhamos um mapinha e fomos aproveitar. A gente andou um dia inteirinhooo! Se divertindo muito e se encantando com cada coisinha do lugar. É uma combinação da arte de Deus com a arte do homem! Cada plantinha, flor, borboleta, cheiro, lagos... lindos demais! As obras expostas ao ar livre dão ainda mais graça e excentricidade ao lugar. O que já é lindo fica também divertido! Sem contar com as galerias (nas quais infelizmente não é permitido fotografar) onde se encontram a maioria das obras e que também dão um show incrementando o cenário!

Dentro de uma galeria havia salas diversas, cada uma com um ambiente. As obras eram interativas. Ou seja, festa pra gente, né?!! Numa sala tocava uma música descontraída, umas fotos coloridas projetadas na parede e várias redes coloridas penduradas. Que convite! Já estávamos descalças e nos balançamos em todas! Passamos para outra sala. Nessa o chão era todo irregular, mas de uma maneira que não conseguíamos ver se era alto ou baixo antes de pisarmos. E ainda tinham várias bexigas para chutarmos. Na outra sala tinham umas espumas grossas e eu, sinceramente, nem lembro as figuras expostas. Porque o que eu fiz naquela sala foi saltar e saltar como se estivesse num pula-pula! Junto com umas crianças de no máximo 10 anos que estavam num passeio escolar cultural! haha

Essas mesmas crianças estavam numa outra sala quando entramos. Nessa sala tinham figuras projetadas nas paredes, colchões e travesseiros no chão. Quando entramos estava rolando uma guerra de travesseiros. Adoro!!! Logo pedi para um menininho “Po, me dá um aí?” e tratei de tacar na Rachel, me divertindo. Assim que acerto uma criança (errei a mira! rs), entra a monitora da sala: “Não é pra tacar travesseiros! É pra deitar e observar a obra!” Tóooim! Minha cara foi lá no chão. rs

Numa outra sala dessa galeria havia uma piscina iluminada com cores verde e azul lembrando a bandeira do Brasil, na parede passando fotos de uma faca suja (eu acho que de manteiga! Haha) e tocando uma música meio sinistra, tipo trilha sonoro do filme Tubarão. A gente achou meio estranho e perguntei pra monitora: “Isso é água?” A menina respondeu que sim, rindo. Aí, depois de eu ter falado a palavrinha mágica “água” na frente da Kel, com os olhinhos brilhando ela pergunta a menina: “E pode nadar?” A monitora respondeu, rindo mais ainda: “Claro! Do jeito que vocês quiserem, menos pelada.” E nos mostrou o toalete e as toalhas.

Nem preciso dizer que estar de calcinha e sutiã não atrapalhou em nada entrar na piscina, né? E que a Kel, enquanto a mulher falava já estava se despindo. E vocês acham que a gente se incomodou com a ideia que pudesse entrar alguém lá além da gente? Claro que não!! Rachel tava se sentindo numa piscina olímpica. Faltou colocar as perninhas pro alto e fazer coreografia! Mais uma pena não poder tirar foto! Gargalhamos horrores!

Outra obra marcante pra Kel era uma que entrávamos num galpão com algumas cadeiras ao centro e várias caixa de som espalhadas no lugar. Numa caixa saía a voz de uma mulher contando uma história horrível de terror e nas outras a sonoplastia. Putz! Meu pai do céu! Oh coisinha pra assustar! Todo hora dávamos pulos de medo! A Kel adorou a sensação de medo. Eu odiei! rs Sem contar o cara que ficou rindo de mim toda vez que eu pulava da cadeira. rs

Outra bem legal, ao ar livre, é uma em que a gente pode plantar flores em vasos com formas de letras, acentos e sinais de pontuação. E esses vasos ficam espalhados pelo gramado e as pessoas podem montar palavras com eles. Aí a gente aproveitou! rs

Foi perfeito! Um lugar que mexe com todas as nossas sensações, que nos dá medo, nos instiga, nos faz rir, nos deixa admiradas... Um lugar lindo e surpreendente! Mais que recomendado para todos. Obrigada Tânia! Obrigada, Cleyda! Nos divertimos muuuito! E esse post é dedicado a vocês!

Beijoooos!