terça-feira, 31 de janeiro de 2012

LA PAZ E ORURO - BOLÍVIA (DIAS 77, 78 E 79)

Em La Paz, a maior parte dos indígenas é da etnia Ayamará. E foi lá que pudemos ver o maior número de cholas, mulheres indígenas que usam roupas tradicionais. Haviam cholas chiques, cheia de panos brilhantes e cartola alinhada, como as que entravam e saíam do Palácio do governo. Havia as medianas, com os panos bem coloridos e os filhos na trouxa, e as mais descontraídas, como a que me agarrou no Chacaltaya! rsrs Jovem, adulta, senhora!É uma festa de chola!!! Uma gama delas para apreciarmos a cultura indígena local!



 


Chegamos a presenciar a habilidade de uma para pendurar o “cholinho” nas costas numa braçada só! Mulherzinha forte é a chola! rs




Depois de aproveitarmos bastante a vida paceña, nosso próximo destino seria Oruro. Tomamos o ônibus às 9h em La Paz. A passagem custou Bs20 para cada um. A viagem foi tranqüila e chegamos na cidade no horário previsto, às 12:30h.


E já chegamos na correria. Nossa intenção era pegar o trem das 15:30h que vai para Uyuni. Até tínhamos a opção de ir de ônibus de La Paz, mas viajar de trem é sempre diferente, tem um gostinho especial. Pegamos um táxi de onde o ônibus nos deixou e fomos direto para a estação de trem. E chegando lá tivemos a infeliz surpresa de não encontrar passagem para aquele dia.

Só haveria passagem para o dia seguinte, às 19h e no trem popular. Quem não quiser ir de trem, ou não encontrar passagem como a gente, tem a opção de ir de ônibus até Uyuni. Nós preferimos esperar mais um dia, dormir na cidade e pegar o trem. Garantimos nossas passagens e fomos buscar hotel.

Na verdade, Nina e eu ficamos sentadinhas na lanchonete em frente a estação, onde almoçamos, enquanto a Rachel e o Ronald foram procurar. Eles vieram com a seguinte notícia: “encontramos um aqui perto, a duas quadras. Custa Bs50 para cada, com banheiro dentro. Só que tem um leve cheiro de remédio de barata, tudo bem?” Nós duas concordamos. Os outros hotéis próximos à estação estavam todos ocupados. Um cheirinho de veneno não ia ser problema para uma noite.

Fomos para lá e descobrimos muito mais que um cheirinho de veneno para baratas. Se a Nina não gostava de andar para conhecer a cidade, ela havia encontrado o maior incentivo para passear. rs 


Gente, sério, estava difícil ficar lá dentro!!! rs Era um fedor de cocô, de esgoto, com o ar abafado... que como diz a Nina:“Santa Maria”!!!! hauhauhauha O mal é que não tínhamos escapatória! Todos os outros hotéis estavam ocupados. E os que não estavam, eram muito caros. Como era uma noite só, encaramos a base de muito desodorante aerosol do Ronald. hahaha


 Não perdemos tempo para sair e conhecer a cidade. rs

Oruro é uma cidade do século XVII, que foi fundada e permaneceu, por dois séculos, impulsionada pela mineração e exploração da prata, assim como Potosí. Hoje é uma cidade grande, com 170 mil habitantes aproximadamente, mas não muito desenvolvida, sendo conhecida por seu tradicional carnaval.

 

















A grande maioria dos seus habitantes são indígenas ou descendentes deles. O que não é difícil de notar, a cada esquina pela qual se passa.




Não é uma cidade com muitos atrativos turísticos fora dessa época. Existem algumas igrejas e museus que retratam seu valor histórico.


Conhecemos suas praças principais, que na minha opinião, pelo o que a gente viu, parecem ser a parte mais bonita da cidade. É onde todas as cholas senhoras vão passear e fazer fofoca. rs Onde as mães levam seus filhos para brincar, os cholos ficam lá nos banquinhos, talvez esperando por uma chola especial. rsrs Ou seja, um ambiente bem agradável.



 





































Oruro tem cinemas. Essa é uma boa opção para quem vai esperar o trem do dia seguinte.

Para quem quer fazer compras, existe uma feira de rua, bem extensa e variada, tendo até televisores de plasma daqueles de 300000 polegadas como mercadoria. rs Tem coisa que só se vê na Bolívia! E tem um mercado antigo, que eles chamam de “mercado de arriba”, que vende um monte de coisas. Até câmeras fotográficas num preço muito bom.



O ponto turístico de Oruro é uma estátua do Cristo Redentor, que na subida há a representação da via sacra. A cidade está a 3707m de altitude, sendo mais alta que La Paz. Então, não é nada simples subir os, no máximo, 300 metros até a estátua. rs






Foi chegando lá em cima que pudemos presenciar um ritual indígena. Eram muitas cholas e cholos com roupas iguais fazendo fumaça e bebendo alguma coisa. Todos bem coloridos e pareciam felizes.  




De Oruro também se pode fazer passeios para o Parque Nacional Sajama, onde se encontra a maior montanha da Bolívia, com 6542m de altitude. Lá existem águas termais e gêiseres para aproveitar. E pode-se fazer passeio ao Salar de Coipasa, o segundo maior da América do Sul.

Depois de passearmos bastante, nos vimos obrigados a ir para casa. rs Compramos mais um desodorante daqueles masculinos que empesteiam todo o ambiente e fomos. O Ronald fez uso da máscara estilosa dele e nós três tapamos o rosto e nos concentramos no cheiro do desodorante para dormir! hauhaua


Na próxima postagem você vai conhecer o trem Oruro-Uyuni. Se você ainda não conheceu o trem da morte, prepare-se! hauahuha


Um comentário:

  1. Oi meninas comecei a ler o blog de voces hj
    e nossa nao acredito no dia que vcs sairam do pantanal eu cheguei la, conheci a malika e o elias foi meu guia!!
    putz que coisa hauaha
    tem algum lugar que posso ter contato com vcs
    face algo assim??
    abracos
    Anderson

    ResponderExcluir