quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

SAMAIPATA - BOLÍVIA (DIA 65)

Samaipata é uma cidade pequena localizada a aproximadamente 2 horas e meia de Santa Cruz. Lá podemos encontrar El Fuerte de Samaipata, as ruínas datadas do período anterior a conquista espanhola.

E localizada a 20 km de Samaipata ainda há outra cidade, chamada Cuevas, que tem cachoeiras incríveis de fácil acesso ao público.

Portanto, depois de Santa Cruz, Samaipata era destino certo para nós.

Na cidade de Santa Cruz existe ônibus que te levam até lá. Para saber de onde sai, é só se informar no Terminal Bimodal. Também se pode ir de vans ou carros, que saem quando estão cheios, podendo ser de quatro ou sete lugares. Esses carros fazem ponto na Avenida Omar Chávez Ortiz esquina com a Calle Solis Olguim. Eles cobram por pessoa e levam em consideração a quantidade de passageiros para cobrar a corrida. Aliás, aqui na Bolívia só encontramos táxis sem taxímetro ou tabela. Então o preço da corrida deve ser combinado antes.

Fomos num carro junto com o brasileiro David, jovem viajante de Niterói, que participou de nossa viagem em Samaipata.  Pagamos Bs 20 por pessoa.

O caminho até lá é encantador! A paisagem é linda, com montanhas e rios em seus vales. Uma pena os rios estarem tão secos por causa da falta de chuvas.


Samaipata se encontra a 1640m de altitude. Cidadezinha de clima ameno durante o dia, tendo como significado no idioma quéchua “descanso nas alturas”. O que agradou bastante nossa companheira de viagem Nina. Afinal, ela só pensava em comer, tomar Paceña e, na maior parte do tempo, tirar aquele soninho! rs

Como toda cidade pequena, tem uma praça principal, bem bonita e aconchegante, e uma igrejinha ali.


 


Para quem vai se hospedar na cidade, existe uma quantidade razoável de hotéis, alojamentos e residenciais, todos ali ao redor da praça. Do mais caro ao mais econômico, de diferentes estilos.

Ficamos no Alojamiento Familiar da praça, que é a casa da senhora Hélia. O lugar é simples, com apenas quatro quartos disponíveis e banheiro compartilhado. Além disso, pudemos usar o tanque e o varal dela. Pagamos 20 bolivianos por pessoa, o que, em real, não passa de R$6!! É muito barato! Sem contar que a senhora e sua família são bem simpáticos e agregadores.

Ali na praça mesmo tem bons restaurantes, que servem almoço e a La Carte com opções variadas, quantidades significativas e a bons preços.




No primeiro dia descansamos, fomos acostumando com o friozinho e a altura, já que nos próximos destinos esses dois fatores só iriam aumentar!

No dia seguinte pela manhã fomos ao Museu de Samaipata. Conhecemos artesanato, fósseis e outros artigos encontrados no parque arqueológico do El Fuerte de Samaipata e assistimos a um vídeo explicando um pouco sobre as descobertas na região.




A entrada no Museu custando Bs50 por pessoa (para estrangeiros) já inclui a visita ao El Fuerte de Samaipata, que fica a 9Km dali.




Depois da visita ao museu, tomamos um táxi que custou Bs20 por pessoa. O taxista nos leva e nos aguarda para nos trazer para a cidade novamente.


 

 

Para a galera que gosta de caminhar, dá para ir a pé, mas tem que encarar subida a maior parte do tempo.







El Fuerte é um Patrimônio Cultural da Humanidade, garantido pela Unesco. Fica a 1950m de altitude e está aberto das 9h às 17h.





Já pelo caminho, vamos achando a paisagem sensacional! E quando chegamos lá em cima então... Gente!!!! Que lugar LINDO!!! Só se vê montanha e vegetação para todos os lados.










 As pessoas podem fazer o passeio para conhecer todo o sitio arqueológico sozinhas ou podem contratar um guia turístico por lá mesmo, na hora. Pagamos o guia (Bs10 por pessoa) e lá fomos nós!




O guia nos explicou que as antigas civilizações que habitaram aquele lugar construíram a cidade de acordo com os pontos cardeais e com as estações do ano. Eles se orientavam pelos astros para plantar, colher, cortar cabelo, entre outras coisas. Nos mostrou que de lá se pode ver as diferentes vegetações. De um lado estava a Amazônia, do outro o Chaco, e do outro os Andes.





O lugar é bem extenso e muitíssimo interessante! Acreditamos que as explicações do guia são imprescindíveis para compreender a grandiosidade do lugar e das antigas culturas que nos deixaram esse legado.

 


















O guia nos disse também que ainda existe muito que trabalhar, muito que escavar, para que se descubra tudo que está por baixo da terra daquela região, pois só podemos ver 20% do que existe realmente ali. Disse que para encontrar tudo o que encontraram em Machu Pichu, foram necessários trinta anos de escavação. E ali só não estavam dando continuidade ao trabalho de dez anos por falta de dinheiro e incentivo, além de haver muito burocracia.







Nos mostrou o que possivelmente seriam as casas dos homens que viviam ali, os mercados, a praça, o local onde se faziam os rituais sagrados e até o sarcófago, onde colocavam seus mortos, mumificados!


 





 

Valeu demais conhecer El Fuerte de Samaipata! O lugar é extraordinário!!!
O passeio dura umas duas horas mais ou menos.




Voltamos para o alojamento, almoçamos num dos restaurantes da praça e fomos fazer jus ao nome da cidade antes do nosso próximo passeio: as cachoeiras de Cuevas!

Beijos!!!


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