quarta-feira, 28 de março de 2012

TEATRO SOLÍS - MONTEVIDÉU - URUGUAI (DIA 107)

No nosso último dia em Montevidéu, fomos conhecer um dos lugares mais tradicionais e, talvez, um dos lugares mais importantes da cidade no que se refere à cultura nacional: o teatro Solís, na calle Reconquista esquina com Bartolomé Mitre, pertinho da Plaza Independencia.


Sempre passávamos por ali, mas nunca tínhamos entrado e aproveitamos que era quarta-feira para fazer a visita guiada de graça!!! A visita dura uns 45 minutos e só é gratuita às quartas (informações mais precisas em www.teatrosolis.org.uy).

 

















Durante a visita descobrimos que aquele era o principal teatro do país, inaugurado em 1856, com a presença do então presidente Gabriel Antonio Pereira. A inauguração ocorreu com a apresentação da ópera “Ernani” de Verdi.


O nome Solís não tem nada a ver com o sol em si. Ao contrário do que se pensa, ele é na realidade uma homenagem a Juan Díaz de Solís, navegante que descobriu o Rio da Prata.

Pudemos conhecer os luxuosos lustres de estilo Império que se encontram em muitas áreas do teatro, a sala Zavala Muniz, a sala principal e a sala de exposições.


A sala Zavala Muniz, como um teatro de arena, apresenta um palco ao centro e num nível mais baixo que os assentos dos espectadores. 



Os assentos são desmontáveis para que se crie uma sala mais flexível aos diversos tipos de apresentações. Assim, pode-se ter assentos laterais ao palco, ou somente em frente ao palco, ou ainda ao redor dele, dependendo do que se propõe a apresentação.


 

A sala principal mantém a característica dos teatros líricos, com uma platéia e quatro anéis: tertulia baja, tertulia alta, cazuela e paraíso.


 



















O paraíso consiste dos assentos mais altos e com um pouco menos de visão do palco, que, por serem mais baratos, ficavam lotados. Diz-se que, como ficava cheio de gente amontoada, essa era a parte do teatro onde havia mais ruído. Não foi a toa que o paraíso ganhou o apelido de gallinero, ou galinheiro em português. rs



















Há também uns lugares (me esqueci o nome! rs), que são os lugares que ficam praticamente sobre o palco. 


Esses, na realidade, são os assentos com menos visão (muito menos que o paraíso), mas costumavam ser os mais caros porque, apesar da pouca visão do palco, a visão de todo o teatro era perfeita. Isso mesmo. As pessoas que costumavam ocupar esses assentos não estavam realmente interessadas em assistir à peça, mas sim em se mostrarem e serem assistidas por todos os demais. Que coisa, não? rs

Na sala de exposições, além de alguns figurinos usados em apresentações, há também algumas fotos antigas do teatro, tal como essa que mostra o local cheio (detalhe para a quantidade de pessoas no gallinero!! rs).



Um dos pontos mais interessantes dessa recorrida pelo teatro é que, durante a visita, ocorre sempre uma apresentação com personagens que intervêm de forma itinerante, criando um estímulo à curiosidade muito apropriado em nós, visitantes.


O tema da apresentação que vimos foi o Candombe, que, a princípio, pensamos que se tratava do candomblé (nada a ver! rs). O Candombe, na verdade, é um ritmo musical criado a partir da mistura dos ritmos africanos trazidos pelos escravos ao Rio da Prata.


Isso foi contado para nós através de histórias e músicas, numa apresentação muito linda!!

Bem, finalizada a visita, fomos comer. O menu do dia foi peixe. Ebaaaaa!!!


E, para acompanhar, a melhor cerveja uruguaia: uma homenagem a todas as Patrícias do mundo e a uma em especial que, embora não esteja fisicamente presente nessa viagem, continua sempre nos proporcionando momentos incríveis!!!


Pati, essa é para você!!

Depois do almoço, passeamos um pouco mais pela cidade e, de tarde, fomos à Torre de Telecomunicações Antel, na calle Paraguay, esquina com Guatemala.


Ali há um mirador aberto a visitas guiadas gratuitas, de segunda a sexta-feira, de onde se tem uma visão geral de toda Montevidéu.


 

É o edifício mais alto da cidade e o elevador sobe não-sei-quantos andares em não-sei-quantos segundos!!! rs Enfim, não me lembro os dados ao certo, mas o que a moça disse é que era bem rápido!!! rs


Não só pudemos ver a cidade do alto, como ainda ganhamos um cartão postal e um chaveiro de brindes! ;)


Esse foi o nosso último dia em Montevidéu! Mas o último apenas dessa viagem e não de nossas vidas, espero!!!

Até mais, gente!!!


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