COMODORO RIVADAVIA - PATAGÔNIA ARGENTINA (DIAS 118 A 122)

Chegamos em Buenos Aires no fim da tarde e já tomamos um ônibus para Comodoro Rivadavia. A empresa era a Condor - Estrella e o ônibus saiu de B.A. às 20 horas. As passagens custaram Ar$595 cada, com serviço incluso (janta, café da manhã e almoço). Chegaríamos em Comodoro Rivadavia na noite do dia seguinte.

Chegamos, então, em Comodoro Rivadavia de noite e o Sergio, a Aurelia e o Nicolas foram nos buscar na rodoviária. A casa em que nós íamos ficar era do Sergio. Gente boa demais!!! A Aurelia e o Nicolas eram um casal francês que estavam viajando pela América do Sul também e, assim, o Sergio recebeu todo mundo de uma vez só!!! Eles tinham chegado uns dois dias antes da gente e, na verdade, a gente nem sabia que eles iam estar lá, mas posso afirmar que foi uma surpresa fantástica!!! Eles eram maravilhosos!!! 

Assim que nos encontramos, o papo já fluiu e, em alguns minutos, eu já estava me sentindo super à vontade com eles!!! Para nossa sorte, eles falavam espanhol e nem digo o quanto isso foi um alívio, porque, nas poucas vezes que eles falavam francês entre si e eu tentava entender, era realmente muito desestimulante!! Hahuahauhauha!!! Eu não entendia NADAAAAA!!! rs Mas enfim... Eles eram gente finíssima e a conversa era muito boa!!! Tudo sem aquele diálogo do tipo "interrogatório", sabe? "De onde vocês são? Estão viajando a quanto tempo? Quantos anos vocês têm?". Óbvio, que rolaram umas perguntas desse tipo, mas já no meio de muitos outros conteúdos, como, por exemplo a discussão entre o som da língua francesa para poisson (peixe) e para poison (veneno). Afinal, não é uma confusãozinha qualquer, levando-se em consideração o fato que de você pode se sentar para jantar e nunca mais levantar do chão!!! rs E acreditem: depois de tentar repetir as duas palavras com as pronúncias corretas algumas muitas vezes, eu cheguei à conclusão de que é melhor não pedir peixe na França!!! rs

E já que o papo se voltou para comida... Assim que chegamos, já passamos na vendinha para comprar cervejas. Todo mundo por lá diz que a Quilmes não é mais a mesma desde que foi comprada pela Brahma, mas a verdade é que, mesmo falando mal, todo mundo toma! rs Durante a tarde, tínhamos comido a refeição que nos foi dada no ônibus:

Não era muita coisa, mas o suficiente para nos deixar sem fome até tarde. Chegamos na casa do Sergio, bebemos e conversamos até tarde!!!

Os dias que se seguiram foram incríveis, com muitas atividades!!! Conhecemos a cidade, passeamos pelas praias de águas geladas, apostamos quem conseguia atirar pedras mais longe...

Visitamos o centro de informações turísticas na beira da praia...

Tentamos subir um cerro de onde era possível ver toda a cidade e ficamos perdidas... rs

Encontramos homenagens a amigas muito queridas pelo caminho...

Usamos modelitos inacreditáveis em nossas caminhadas... rs

Fizemos refeições saudosistas...

E algumas refeições improvisadas que nem ficaram tão ruins... rs

Admiramos a vista da janela...

Sentimos a areia molhada sob nossos pés...

Subimos um cerro que não era exatamente aquele que estávamos procurando, mas, que ainda assim, nos fez sentir realizadas... 

Rimos da vida, da nossa viagem e de onde conseguimos chegar...

E compartilhamos momentos estupendos com gente de altíssima qualidade!!!

Comodoro Rivadavia é uma cidade de mais de 100 mil habitantes que, às vezes, passa despercebida na viagem de muitos turistas. Como o crescimento populacional dela se deu principalmente nos últimos dez anos, com o avanço da atividade petroleira na região (que gerou inúmeras fontes de trabalho e trouxe migrantes de todas as partes do país), internacionalmente pouco se fala sobre a cidade que representa um dos principais pólos econômicos da Patagônia Argentina. Nós, felizmente, optamos por conhecê-la e vivemos ótimos momentos ali. Tivemos direito até a menu francês, feito pela Aurelia!!! Ratatouille!!! Huuuuum... Que rico!!! Com sobremesa brasileira, é claro!!! Brigadeiroooooo!!!

Foi muito ruim ter que dar tchau a tudo isso. A única coisa que compensou essa tristeza foi saber que, se pensávamos que o peso de nossas mochilas era muito para nossas colunas, tem gente muito pior!!! Hauahuahauha!!! A Aurelia e o Nico são loucos!!! Olha só quanta tralha eles carregam!!! rs

Bem, com tralha ou não, desejamos muita sorte na viagem de vocês! Foi ótimo nossos caminhos terem se cruzado!!! E ao Sergio, muito obrigada pela acomodação e pela hospitalidade!!! Você é dez!!